
PINOT NOIR
Natural da Borgonha, França, a Pinot Noir é conhecida por gerar vinhos delicados, frescos e também ricos em aromas. Saiba tudo sobre essa uva.
A pinot noir é uma uva tinta da família das Vitis vinifera, originária da França. É a grande uva da região da Borgonha, sudeste da França, com a qual são produzidos vinhos bastante admirados em todo o mundo entre os quais o Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeot e outros tantos grands crus.
A Pinot Noir tem um cultivo difícil, pois é frágil e suscetível, além de se adaptar melhor a climas relativamente frios. Essa uva também prefere solos ricos em calcário. Somadas essas características, fica claro porque a sua região de origem, a Borgonha, tornou-se referência em vinhos produzidos com ela. Lá, a variedade alcança sua máxima expressão, revelando todas suas nuances.
Além da França, poucos países obtiveram destaque no manejo dessa casta, como a Nova Zelândia, os Estados Unidos, África do Sul e Chile.
PINOT NOIR EM VINHOS
A Pinot Noir é responsável por vinhos lendários, como o “La Romanée-Conti”. Em climas frios, a uva tende a ganhar mais aromas e mais acidez. Já nos climas quentes, costuma gerar vinhos flácidos (sem acidez, o que se reflete em menos aroma e sabor).
O padrão para os vinhos Pinot Noir foi estabelecido em sua terra natal: a região de Côte de Nuits, na Borgonha. Esses vinhos são tintos de textura suave e corpo médio a cheio.
Contudo, o Novo Mundo também sabe produzir excelentes vinhos a partir dessa uva. Em países como Chile, Nova Zelândia, Austrália, EUA e Brasil, eles costumam ser mais maduros, variando de medianos a encorpados, com grande sabor e boa persistência no palato.
Salvo raras exceções, os vinhos de Pinot Noir não são muito longevos. Atingem sua maturidade em torno de 8 a 10 anos e permanecem no auge por pouco tempo.
PINOT NOIR EM ESPUMANTES
A fama da Pinot Noir não vem apenas da produção de vinhos. Ela também é a base de champagnes e espumantes, sendo plantada na região de Champagne desde o século XV.
Alegando que as uvas brancas tinham uma tendência latente à refermentação, Dom Pérignon utilizava apenas uva Pinot Noir. Ainda assim, o vinho produzido tinha muita instabilidade. A fermentação era interrompida no início do frio e recomeçava no calor.
Dom Pérignon acreditava que os vinhos perdiam os aromas quando guardados em barris de carvalho e, por isso, os guardava direto nas garrafas. Assim, quando a segunda fermentação acontecia, o dióxido de carbono ficava retido na garrafa. Foi dessa forma que nasceu o Champagne feito somente de Pinot Noir.
CARACTERÍSTICAS DOS VINHOS DA UVA PINOT NOIR
A Pinot Noir também elabora vinhos brancos, quando não vinificada com as cascas. Um exemplo é que ela é parte da composição do champagne, juntamente com a Pinot Meunier e a Chardonnay.
Um clássico tinto da Borgonha pode ser delicado ou ter média estrutura, com boa acidez e taninos discretos. Quando jovem exibe aromas de frutas vermelhas frescas e especiarias, além de nuances de tosta, café, defumado, se for amadurecido em carvalho. Já quando envelhecido, pode apresentar notas de frutas em compota, terra úmida, cogumelos e couro.
Se cultivada em regiões quentes, perde um pouco o frescor, devido a uma menor acidez, e passa a exibir aromas intensos de frutas maduras.
Cor do Pinot Noir
Entre os entendedores de vinho, a Pinot Noir é conhecida como “a uva mais branca das tintas”. Isso quer dizer que, embora pertença à família das uvas escuras, ela possui uma tonalidade mais suave se comparada aos demais tipos.
Exatamente por esta razão, a cor deste vinho não é tão escura quanto os demais tintos, como o Cabernet Sauvignon, por exemplo. Quando colocado contra um fundo branco, por exemplo, você poderá enxergar através da taça. Ao contrário da Cabernet Sauvignon.
Podemos dizer que o Pinot Noir tradicionalmente apresenta cor vermelha clara, mantendo um tom entre o rosado e o violáceo.
Aromas do Pinot Noir
Com relação a este quesito, o Pinot Noir é marcado pela perfeita combinação de aromas de frutas frescas (morango, framboesa, amora e cereja) com flores (violeta e rosa).
Aromas do Pinot Noir — Frutas Vermelhas
O Pinot Noir apresenta, geralmente, aromas de frutas vermelhas frescas.
Dependendo do clima da região, algo de especiaria pode aparecer, como o anis. Também tem aromas terrosos, lembrando cogumelos ou raízes como cenoura.
Em suma, é um vinho deliciosamente aromático, mantendo a característica leve e elegante. Se bem produzido, mostra alta complexidade de aromas.
Sabor do Pinot Noir
Em virtude dos taninos mais suaves da uva Pinot Noir, o sabor deste vinho é predominantemente fresco, delicado e elegante. Por este motivo, a Pinot Noir é utilizada na fabricação dos melhores espumantes e champanhes do mundo.
Em outras palavras, o sabor desta bebida proporciona um paladar fresco e sedoso, de fácil apreciação.
Pinot Noir Harmoniza Com O Que?
Na hora de preparar o cardápio e escolher o melhor vinho para um jantar oferecido aos amigos, familiares ou até mesmo a dois, é necessário entender um pouco sobre a harmonização. Além disso, a Pinot Noir é uma ótima opção para aqueles jantares em restaurantes em que cada amigo pede um prato diferente. É nesse momento que você vai me perguntar, “o Pinot Noir harmoniza com o que?“. Eu já vou te responder isso em seguida:
- Risoto de funghi;
- Batata recheada;
- Carnes vermelhas magras assadas;
- Peixes: salmão e atum;
- Vegetais cozidos;
- Sopas, caldos ou canja de galinha preparados com cuidado;
- Queijos brancos cremosos (principalmente o Brie e o Camembert);
- Pratos tradicionais da culinária francesa, tais como: coelho com mostarda, presunto cozido e carne magra cozida com legumes, boeuf bourguignon, coq au vin, etc.;
- Chocolates com até 70% de cacau.
HARMONIZAÇÃO
Vamos de Risoto de Funghi Secchi, um prato saudável, sofisticado e fácil de preparar. Este clássico Risoto merece ser o protagonista de um jantar.
Chame os amigos, ou a namorada/namorado; e mãos a obra
RISOTO DI FUNGHI SECCHI
Serve: 4 pessoas
Tempo: 55 min
Ingredientes
350gr de Arroz Arboreo
150gr de cebola picada
25gr de funghi secchi
250ml de vinho branco
1,5Lt de Caldo de Vegetais
120gr de manteiga sem sal
Sal e Pimenta do reino
150gr de queijo parmesão ralado
Método de Preparo
1. Numa tigela, coloque o funghi e cubra com água morna. Deixe de molho por 30 minutos.
2. Numa panela, coloque o caldo de galinha ou carne e leve ao fogo alto. Quando ferver, abaixe o fogo e reserve.
3. Em outra panela, coloque metade da manteiga e leve ao fogo baixo. Quando derreter, acrescente a cebola e refogue por 4 minutos ou até ficar transparente. Junte o arroz e misture por 2 minutos em fogo alto. Adicione o vinho e mexa bem, até evaporar. Retire o funghi da água, esprema para retirar o excesso de água, e adicione na panela. Refogue por 1 minuto.
4. Na panela com o arroz, acrescente ⅓ do caldo reservado e mexa até secar. Junte mais ⅓ do caldo e mexa sem parar até que seja absorvido. Adicione o restante, aos poucos, verificando a consistência do risoto. Ele deve ficar úmido e com o arroz al dente.
5. Quando atingir o ponto de risoto, desligue o fogo e adicione o restante da manteiga, sal e pimenta. Misture o parmesão ralado e sirva bem quente.
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